terça-feira, 15 de junho de 2010

50 anos de Psicose


“Não aprovo a atual onda de violência no cinema”, disse certa vez Alfred Hitchcock. “Sempre achei que o crime devia ser tratado com delicadeza. E que, com a ajuda da televisão, deveria ser levado para dentro do lar, que é o lugar dele. Alguns dos crimes mais lindos foram domésticos – realizados com ternura, em lugares simples e acolhedores como a mesa da cozinha ou o banheiro”.

No filme Suspeita (1942), Hitchcock coloca na boca de Cary Grant outra recomendação, “Se tiver que matar alguém, faça isso com simplicidade”. O diretor seguiu este conselho a risca em 53 filmes, mas não há dúvida que seu melhor momento tenha sido em Psicose. Antes de conhecer Norman Bates, ninguém sentia medo de uma chuveirada. Depois dele, nunca mais foi seguro tomar um simples banho.



Amanhã, dia 16, Psicose chega, enxutérrimo, aos 50 anos, como um dos filmes mais memoráveis da história do cinema e a obra-prima definitiva do mestre do suspense.

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