Crônica de uma tragédia anunciada



Voluntários retiram terra de prédio que desabou e soterrou moradores

em Nova Friburgo (RJ) / Foto de Marlene Bergamo - Folhapress

Uma das imagens mais impressionantes da enchente que devastou a região serrana do Rio de Janeiro e que, até o momento, fez 509 vítimas. O resgate de uma senhora de 52 anos que tinha se abrigado no terraço de sua casa e quase foi engolida pela força das águas. A cena foi ao ar no Jornal Hoje de ontem. Emocionante. 

Todo início de ano a notícia se repete: as chuvas arruinam cidades inteiras e ceifam vidas. Até quando teremos que lidar com essas tragédias anunciadas?

A influência negra dos Beatles

Toda banda tem lá suas influências e os Beatles não eram exceção. No início de carreira eles beberam na fonte de Elvis, Buddy Holly, Everly Brothers e outros artistas brancos, por outro lado, a música negra também foi importante para a formação do quarteto. Gêneros como blues, rhythm and blues e soul, que na América eram restritos a audiências brancas, cruzaram o atlântico sendo tocados sem preconceito nas rádios européias e fizeram sucesso. Assim como boa parte da juventude britânica da época, eles adoravam Smokey Robinson & The Miracles, Donays, Fats Domino, etc. Algumas das canções desses artistas eles até fizeram questão de regravar, como Devil in His Heart, Please Mr. Postman, You've Really Got a Hold On Me e Money. 

Mais tarde houve a retribuição. Vários ícones da música negra norte-americana cantaram os Beatles. Alguns dos registros mais brilhantes são das décadas de 1960 e 1970. Boa parte está disponível no Youtube. Vale destacar a versão belíssima de Marvin Gaye  para Yesterday, a suavidade de Nina Simone em Here Comes The Sun ou a potente Eleonor Rigby de Aretha Franklin. A energética Tina Turner dá seu melhor em Come Together, assim como Al Green em I Want To Hold Your Hand. Uma boa surpresa é a interpretação jazzística de Ray Charles para The Long and Winding Road, que ainda conta com a participação da orquestra de Count Basie, e a performance arrepiante de Stevie Wonder em We Can Work It Out.