quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Adeus a Billy Taylor
Em homenagem ao compositor e músico de jazz Billy Taylor que partiu ontem aos 89 anos, a inspiradíssima versão de Nina Simone para sua canção mais conhecida, I Wish I Knew How It Would Feel To be Free. Grande som, Billy.
Papai Noel existe
Ainda contagiado pelo espírito natalino, o Boston Globe publicou uma série de fotos espetaculares do natal pelo mundo.
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
O mico natalino de Guerra nas Estrelas
Há muito tempo, numa galáxia distante... Guerra nas Estrelas pagou um mico pavoroso, maior que o próprio universo. Em 1978, o canal CBS resolveu pegar carona no mega sucesso do primeiro Star Wars e levou ao ar na TV americana The Star Wars Holiday Special. Um especial de natal tão ruim que qualquer filme da nova trilogia com Jar Jar Binks seria considerado um épico.
domingo, 26 de dezembro de 2010
A nova polêmica do Lobão
O eterno rebelde da geração 80, João Luíz Woerdenbag Filho, também conhecido como Lobão, que já cantou sua vida louca aos quatro ventos, agora conta a loucura em detalhes. Está tudo nas 752 páginas da biografia 50 Anos a Mil, escrita por ele em parceria com o jornalista Claudio Tognolli, na qual o artista passa a limpo na entrevista abaixo.
O livro da Nova Fronteira, considerado o maior escrito sobre um roqueiro brasileiro, já figura entre os mais vendidos do ano. Nele Lobão relembra a infância problemática, sua participação na cena cultural dos anos 1980, o envolvimento com as drogas, a tentativa de suicídio e a recente retomada da carreira na televisão. Entre as passagens mais polêmicas, conta quando cheirou cocaína em cima do caixão de seu amigo, o jornalista Júlio Barroso, e também sua breve participação no Comando Vermelho. Isso é que é loucura.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
O paradoxo de Laerte
De um ano pra cá, a vida pessoal do cartunista Laerte tem chamado mais atenção que seus quadrinhos. O motivo está no seu comportamento, que anda mais feminino. Laerte está usando vestido, lingerie, salto alto e pinta as unhas. Porém, afirma que isso não afetou sua masculinidade, tanto que tem uma namorada. Para entender melhor essa confusão de gêneros, só lendo a entrevista que ele deu à Trip.
ET Bilú no SuperPop
Essa semana, o ET Bilú voltou a aparecer na TV. Dessa vez ele foi no SuperPop da Luciana Gimenez, e até os participantes do programa, com nível intelectual próximo ao de uma ameixa, suspeitaram da conversa contada pelo tímido extraterrestre adolescente. Mas Bilú não se abateu e deu seu recado. Com voz de pato e dentro da moita, ele disse: "temos produtos para prolongar a vida da família." ET brasileiro só podia ser 171!
Queen não perde a majestade
A edição de dezembro da revista inglesa MOJO traz uma reportagem especial sobre Freddie Mercury. O carismático líder do Queen, um dos maiores vocalistas que o rock já teve, é descrito como um sujeito tímido. Sua transformação se dava no palco, diante de milhares de pessoas. No site há uma seleção com alguns dos melhores momentos de Freddie.
Um deles aconteceu em 1985, no Live Aid, evento beneficente para ajudar as vítimas da fome na Africa. Mercury reinou naquela tarde no estádio de Wenbley, Inglaterra, no que é considerado o melhor show de rock de todos os tempos. No mesmo ano ele voltaria a exercer sua realeza no Rock In Rio, fazendo um show memorável para uma multidão de 100 mil pessoas.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
"Hover Hand"
Hover Hand, numa tradução livre, é a mão que paira no ar. Dito assim soa sem sentido, mas veja a foto. Os americanos criaram o termo para definir o que é considerado um detector instantâneo de virgindade. O sujeito tem tanto medo de mulher que nem tem coragem de encostar. Coitado dos nerds! Tem mais aqui.
O livro que abalou o mundo
Com a obra, Reed também inaugura a grande reportagem no jornalismo moderno. Agora a Companhia das Letras e a editora Penguin lançaram mais uma edição do livro, trazendo um apêndice com notas e textos de panfletos, decretos, ordens e resoluções dos principais personagens e grupos ligados à revolução.
Espremido no metrô de Tóquio
O colorido emaranhado aí em cima não é uma tabela química ou sequência genética. Trata-se do metrô de Tóquio, o terceiro maior do mundo e um dos mais antigos (funciona desde 1927). Duas empresas operam nas treze linhas que cortam a cidade em 286,2 km de trilhos. Mas apesar de toda organização, andar nele é torturante como o inferno.
Esse sofrimento foi captado pelas lentes de Michael Wolf num ensaio que virou livro: Tokyo Compression. Tem mais foto no site dele.
Esse sofrimento foi captado pelas lentes de Michael Wolf num ensaio que virou livro: Tokyo Compression. Tem mais foto no site dele.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Lennon em NY
Em comemoração aos 30 anos da morte de John Lennon, o GNT exibe Lennon NYC, documentário inedito na TV, que passou por aqui no Festival do Rio, e conta a passagem do ex-Beatle pela Big Apple. Dividido em duas partes, o filme mostra a importância da cidade para o casal Lennon e Yoko, desde sua mudança para Greenwich Village até o dia do assassinato do músico, no Upper West Side.
Lennon foi para NY em busca de sossego. Seu maior desejo era ter uma vida simples. Queria ir ao cinema, restaurante, sair com seu filho Sean, o que seria impossível em qualquer outro lugar do mundo.
Diferente de outros filmes que tratam do ídolo, Lennon NYC possui vasto material inedito. Um dos momentos mais marcantes é quando mostra sua mudança de vida após o nascimento de Sean. Para cuidar do filho, Lennon se dedicou totalmente ao lar, como uma dona de casa. Abandonou os palcos e estúdios e mal sabia o que se tocava na rádio.
Numa passagem, Sean, com 4 anos, cantarola "... do you need anybody. I need somebody to love", uma velha canção dos Beatles, e pergunta ao pai se era ele que cantava. Lennon explica que a voz era de Ringo, ele e George fizeram o coro, mas não lembrava o nome da música. Com esforço lembrou: "É With a Little Help From My Friends." Aquela altura, Sgt. Peppers já era um sonho distante.
A reprise passa sábado, dia 11, às 17h45.
Lennon foi para NY em busca de sossego. Seu maior desejo era ter uma vida simples. Queria ir ao cinema, restaurante, sair com seu filho Sean, o que seria impossível em qualquer outro lugar do mundo.
Diferente de outros filmes que tratam do ídolo, Lennon NYC possui vasto material inedito. Um dos momentos mais marcantes é quando mostra sua mudança de vida após o nascimento de Sean. Para cuidar do filho, Lennon se dedicou totalmente ao lar, como uma dona de casa. Abandonou os palcos e estúdios e mal sabia o que se tocava na rádio.
Numa passagem, Sean, com 4 anos, cantarola "... do you need anybody. I need somebody to love", uma velha canção dos Beatles, e pergunta ao pai se era ele que cantava. Lennon explica que a voz era de Ringo, ele e George fizeram o coro, mas não lembrava o nome da música. Com esforço lembrou: "É With a Little Help From My Friends." Aquela altura, Sgt. Peppers já era um sonho distante.
A reprise passa sábado, dia 11, às 17h45.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Complexo do Alemão News
Num furo de reportagem, The Piaui Herald descobriu o único jornalista que não comparou a incursão da polícia no Complexo do Alemão com o filme Tropa de Elite. Para desespero de todos os colegas que fizerama cobertura, ele nem se tocou!
Ainda na mesma edição: as dicas da consultora de moda Glorinha Kalil para os melhores coletes a prova de bala dos telejornais. A Piauí matou a pau!
Ainda na mesma edição: as dicas da consultora de moda Glorinha Kalil para os melhores coletes a prova de bala dos telejornais. A Piauí matou a pau!
domingo, 28 de novembro de 2010
Será o fim dos jornais?
Com o avanço dos veículos online e das novas mídias, a tendência é que os jornais impressos caminhem para a extinção. Na busca por novas saídas, o design pode ser a salvação. A palestra do designer Jacek Utko no TED trás boas sugestões para o debate.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
'Caballeros' do Zodíaco
Cavaleiros do Zodíaco, desenho febre no início dos 1990 na telinha da Manchete, até hoje guarda uma legião de fãs. Nesse vídeo, hermanos chicanos provam que a paixão pelas aventuras de Seya não morreu.
Trilha da polícia
Shaft, o tira mais 'motherfucker' do cinema, fez a cabeça de muita gente. E a trilha sonora, assinada pelo papa do soul/funk Isaac Hayes, se tornou um clássico. Aqui Hayes faz um show inspirado. As cenas são do documentário Wattstax, de 1973.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Mãos ao alto!
Essa é do tempo que ladrão só roubava coração. Mãos ao Alto, do Fevers, música mais que perfeita para dias em que a bandidagem se manifesta na cidade.
sábado, 20 de novembro de 2010
Todo dia é dia de Jorge Ben
Jorge é o cara! Registro de sua melhor fase, época do álbum Tábua de Esmeralda. Fodástico.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Bebel Gilberto antes da fama
Bebel Gilberto, na flor de seus 14 aninhos, cantando com a mamãe Miúcha, muito antes de se tornar uma das principais vozes femininas da música brasileira no exterior. Notem que ela nem sabia segurar o microfone.
Silvio se fazendo de santo
Vale o registro: em entrevista recente, Silvio Santos (ele de novo) conta tudo para Mônica Bergamo da Folha de São Paulo. E não diz nada com nada.
O senhor votou nela (Dilma Rousseff)?
Eu estou com 80 anos. Você acha que eu vou sair de casa para votar? Vou votar é em mim mesmo aqui em casa.
E aquela história da bolinha [reportagem do SBT afirmou que o candidato tucano, José Serra, foi atingido, numa manifestação, por uma bolinha de papel, e não por um objeto mais pesado, como ele dizia]? Todo mundo está falando que o SBT fez a reportagem porque estava com problema no banco.
Mas que bolinha?
A bolinha que caiu na cabeça do Serra.
Caiu alguma coisa na cabeça dele? [risos] Caiu alguma coisa na cabeça dele?
Na campanha.
Ah, não foi hoje?
Não.
Ah, eu não sei desse negócio de bolinha, não. Isso aí, olha, eu não vejo TV. Televisão, para mim, é trabalho. Só vejo filme. Agora que você ligou para mim eu estava vendo a Fontana di Trevi. Você já viu esse filme, "A Fonte dos Desejos" (de Jean Negulesco)? Eu estava vendo agora.
E essa informação de que o empresário Eike Batista quer comprar o SBT?
No duro?
É.
Ah, me arranja! Arranja para mim que eu te dou uma comissão.
O senhor venderia?
Se ele me pagar bem, por que não? Quem é? "Elque"?
Eike, um dos homens mais ricos do Brasil.
Ele é americano? Eike?
Brasileiro.
Não, não conheço.
O senhor votou nela (Dilma Rousseff)?
Eu estou com 80 anos. Você acha que eu vou sair de casa para votar? Vou votar é em mim mesmo aqui em casa.
E aquela história da bolinha [reportagem do SBT afirmou que o candidato tucano, José Serra, foi atingido, numa manifestação, por uma bolinha de papel, e não por um objeto mais pesado, como ele dizia]? Todo mundo está falando que o SBT fez a reportagem porque estava com problema no banco.
Mas que bolinha?
A bolinha que caiu na cabeça do Serra.
Caiu alguma coisa na cabeça dele? [risos] Caiu alguma coisa na cabeça dele?
Na campanha.
Ah, não foi hoje?
Não.
Ah, eu não sei desse negócio de bolinha, não. Isso aí, olha, eu não vejo TV. Televisão, para mim, é trabalho. Só vejo filme. Agora que você ligou para mim eu estava vendo a Fontana di Trevi. Você já viu esse filme, "A Fonte dos Desejos" (de Jean Negulesco)? Eu estava vendo agora.
E essa informação de que o empresário Eike Batista quer comprar o SBT?
No duro?
É.
Ah, me arranja! Arranja para mim que eu te dou uma comissão.
O senhor venderia?
Se ele me pagar bem, por que não? Quem é? "Elque"?
Eike, um dos homens mais ricos do Brasil.
Ele é americano? Eike?
Brasileiro.
Não, não conheço.
Vivendo no buraco
O inglês Daily Mail fez uma matéria chocante sobre as pessoas que moram em dutos subterrâneos, bem abaixo do asfalto e das luzes brilhantes dos cassinos de Las Vegas. Sinais da crise.
João Bosco e Yamandu
Ultimamente tenho escutado bastante João Bosco (em especial o disco ao vivo de 1983) e acabei esbarrando com essa versão aditivada de Linha de Passe com a participação de Yamandu Costa arrasando no violão de sete cordas. A música é mais uma pérola da parceira Bosco & Aldir Blanc (também Paulo Emílio).
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Silvio sem noção
Mais uma prova da senilidade do octagenário homem do baú. Silvio Santos, o nome mais sujo do Serasa, fez "balança caixão" com a Hebe, de 81 anos!
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
O que passa pela cabeça de Eike Batista?
A revista Piauí teve o topete de mexer justamente com a peruca do Eike. Fique sabendo os detalhes na Piauí.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
40 anos de Kraftwerk
Show do Kraftwerk, em 1970. Nessa época o grupo já fazia música eletrônica, ou o que seriam as bases dela. Nos últimos 40 anos a banda se firmou e hoje é considerada uma das mais influentes da segunda metade do século XX. Suas letras lidam com a vida urbana e a tecnologia europeia do pós-guerra.
Documento Especial: Vila Mimosa
Quando a tela da TV ficava com um fundo vermelho e subiam créditos desaconselhando a presença de crianças e pessoas sensíveis na sala era a senha: vai começar Documento Especial. O aviso estava correto. Com o subtítulo Televisão Verdade, o jornalístico de Nelson Hoineff foi tão cruel quanto um espelho. Em cerca de sete anos de existência (exibido na Manchete, SBT e Bandeirantes) o programa levou para milhares de lares brasileiros o submundo do sexo, drogas, violência urbana, prostituição, pichadores, neonazistas e miseráveis. Sem pudores ou meias palavras.
Nesse programa, o tema era a Vila Mimosa, antiga zona de prostituição carioca.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Soninha não soube perder
Após a votação, Soninha Francine, assessora para a internet da campanha de Serra, e Emídio de Souza, prefeito de Osasco (SP) foram a TV Terra discutir o baixo nível adotado no segundo turno da campanha eleitoral. Com a cara lavada de cinismo, a ex-VJ da MTV negou que o PSDB tenha promovido baixarias na internet. Só pode ser piada!
sábado, 30 de outubro de 2010
A felicidade do Jabor
A felicidade do Jabor
Gosto de Arnaldo Jabor ao ponto e até mal passado — desde a Urca dos anos 60, quando fomos vizinhos. Lá ele já exercitava seu espírito fraterno. Um dia parou com uma Kombi na porta de casa, me apanhou e fomos recolher colchões e roupas para os desabrigados da grande enchente de 1966 acampados na PUC. Corta, e vinte anos depois eu presenciava como enviado especial do "Jornal do Brasil" o seu sucesso em Cannes com "Eu sei que vou te amar", que consagrou Fernandinha Torres como a melhor atriz do festival. Fui testemunha desse momento de glória do cinema brasileiro. Apesar de difícil (um casal discutindo a relação como numa psicanálise), o filme teve surpreendente bilheteria.
Mas Jabor continuava com dificuldades financeiras. Bem antes, em meados dos anos 70, ele apareceu na sucursal da revista "Visão", de cuja redação eu era chefe, para pedir uma colaboração (um freelance) porque estava necessitando de grana. O Aeroporto Tom Jobim se encontrava em obras, e eu, na maldade, achei que uma reportagem ali, em pleno verão, seria um bom teste para um candidato a foca. Cineasta já respeitado, ele passou a tarde na pista, com um sol de 50 graus, e trouxe uma matéria impecável, sem dar um pio, e na maior humildade — que não é sua principal virtude. Até hoje ele diz que foi seu "primeiro frila" e eu minto dizendo que ele aprendeu jornalismo comigo. Em 1994, escolhi como epígrafe de meu livro "Cidade partida" uma frase sua: "O Rio é o trailer do Brasil."
Tudo isso me voltou à lembrança pela viagem que realizei vendo o seu "Felicidade suprema", delicado, terno, cativante. É um filme completamente diferente do Jabor de que menos gosto, o destes últimos tempos — o Jabor enragé, salvacionista, anunciando o apocalipse se não for feita sua vontade política. É o militante panfletário que convoca os jornalistas para embarcar na sua cruzada, como se, em vez de testemunhas, devêssemos ser cabos eleitorais. Depois, frustrado, ele se deprime, sofre e somatiza o sofrimento, parecendo que o país, o mundo e até ele vão acabar. Outro dia, após uma dessas profecias terminais, um amigo comum comentou, meio à brinca e meio a sério: "Tou com medo do Jabor se suicidar." Quando soube disso, o também cineasta Cacá Diegues, que o considera como um irmão, tranquilizou: "Não tem o menor perigo. Jabor gosta demais dele mesmo." É verdade. Mas para que o diretor de "Suprema felicidade" seja feliz no Brasil de hoje, não apenas no do passado, ele está precisando ouvir a lição do avô, sábio personagem interpretado por um genial Marco Nanini: "A vida gosta de quem gosta dela."
Mas Jabor continuava com dificuldades financeiras. Bem antes, em meados dos anos 70, ele apareceu na sucursal da revista "Visão", de cuja redação eu era chefe, para pedir uma colaboração (um freelance) porque estava necessitando de grana. O Aeroporto Tom Jobim se encontrava em obras, e eu, na maldade, achei que uma reportagem ali, em pleno verão, seria um bom teste para um candidato a foca. Cineasta já respeitado, ele passou a tarde na pista, com um sol de 50 graus, e trouxe uma matéria impecável, sem dar um pio, e na maior humildade — que não é sua principal virtude. Até hoje ele diz que foi seu "primeiro frila" e eu minto dizendo que ele aprendeu jornalismo comigo. Em 1994, escolhi como epígrafe de meu livro "Cidade partida" uma frase sua: "O Rio é o trailer do Brasil."
Tudo isso me voltou à lembrança pela viagem que realizei vendo o seu "Felicidade suprema", delicado, terno, cativante. É um filme completamente diferente do Jabor de que menos gosto, o destes últimos tempos — o Jabor enragé, salvacionista, anunciando o apocalipse se não for feita sua vontade política. É o militante panfletário que convoca os jornalistas para embarcar na sua cruzada, como se, em vez de testemunhas, devêssemos ser cabos eleitorais. Depois, frustrado, ele se deprime, sofre e somatiza o sofrimento, parecendo que o país, o mundo e até ele vão acabar. Outro dia, após uma dessas profecias terminais, um amigo comum comentou, meio à brinca e meio a sério: "Tou com medo do Jabor se suicidar." Quando soube disso, o também cineasta Cacá Diegues, que o considera como um irmão, tranquilizou: "Não tem o menor perigo. Jabor gosta demais dele mesmo." É verdade. Mas para que o diretor de "Suprema felicidade" seja feliz no Brasil de hoje, não apenas no do passado, ele está precisando ouvir a lição do avô, sábio personagem interpretado por um genial Marco Nanini: "A vida gosta de quem gosta dela."
O Jornalismo Literário vai à guerra
Chegou ontem nas livrarias o interessante A Vida Secreta das Guerras, de Peter Beaumont. Neste relato pouco usual, Beaumont, jornalista e correspondente internacional do Observer, mostra como a privatização dos conflitos bélicos por pequenos grupos armados e a fragmentação de Estados nacionais instáveis transformaram a guerra em um modo de vida.
Para retratar essas sociedades em que a guerra é endêmica, o autor leva o leitor às engrenagens cotidianas do conflito: o sofrimento dos civis e combatentes, o dia a dia dos embates. No processo, Beaumont descreve encontros aterrorizantes, que só alguém que penetrou a fundo no território “inimigo” poderia realizar, como um plano secreto da Al Qaeda atacar Londres ou o refúgio bombardeado do mullah Omar.O livro faz parte da Coleção Jornalismo Literário da Companhia das Letras, e custa R$ 49.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
O outro Woodstock
Enquanto os hippies curtiam "três dias de paz e amor” em Woodstock, um outro festival igualmente importante acontecia no Harlem, em Nova Iorque. O Harlem Cultural Festival, que ficou conhecido como Black Woodstock, foi uma série de concertos no verão de 1969. Por lá passaram grandes nomes da música negra norte-americana: B.B. King, Nina Simone, Stevie Wonder, Sly & the Family Stone, Mahalia Jackson, Gladys Knight e o jazzista Mongo Santamaria tocaram para um público de 100 mil pessoas.
O evento foi uma mistura de show de rock, encontro religioso e palanque pelos direitos civis da comunidade negra. Com o Black Power em alta, a mensagem predominante era de que chegara a hora dos negros tomarem o poder pelas próprias mãos e construirem seu destino.
Uma das cenas mais marcantes do Harlem Cultural Festival foi a apresentação de Nina Simone, cantando Ain't Got No / I Got Life, música que virou um verdadeiro hino de liberdade. Infelizmente, nenhuma emissora de TV ou estúdio se interessaram pelo Festival e nada mais foi exibido desde então. O show de Nina Simone é uma exceção porque fez parte de um documentário da cantora. A maior parte das 50 horas de gravação continuam inéditas até hoje.
100 anos de Adoniran Barbosa
Certos atores ficam marcados por um único personagem e levam a vida toda para se livrar dele. Não foi o caso do ator, humorista e compositor João Rubinato, que se sentia tão a vontade sendo Adoniran Barbosa que fez dele uma extensão de sua própria personalidade. Adoniran surgiu como um tipo cômico, mistura de caipira com caricatos trejeitos italianos que ele criou quando trabalhava na rádio. Rubinato encarnou o personagem na vida real e fez de Adoniran Barbosa o inventor do samba paulista. Se estivesse por aí o compositor de Saudosa Maloca, Tiro ao Álvaro e Trem das Onze estaria fazendo 100 anos. Para lembrar dessa figura antológica, catei um trecho do especial da Elis Regina, de 1978, onde ela e Adoniran aparecem batucando sambas, jogando conversa fora em um boteco no Bexiga.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
O caso Amaury Ribeiro respinga em FHC
O jornalista Amaury Ribeiro Jr., que vem sendo acusado por parte da imprensa como o responsável pela quebra de sigilo fiscal de Serra e seus aliados, agora traz à baila uma nova denúncia, dessa vez envolvendo o nome do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Após depor na Polícia Federal, Ribeiro apresentou documentos que comprovam o pagamento de propina durante o processo de privatizações de FHC.
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
O Brasil depois de Lula
Os oito anos do governo Lula chegam ao fim e a Piauí trouxe uma interessante análise sobre seu legado para o Brasil. O artigo compara os feitos do presidente ao New Deal americano, programa de recuperação econômica implementado pelo governo Roosevelt que fez uma verdadeira reforma diminuindo as desigualdades sociais nos Estados Unidos após a Grande Depressão. A análise é bem otimista quanto ao futuro brasileiro, vamos torcer pra que tudo dê certo! Leia aqui na íntegra.
"Conjunto de programas iniciados na primeira Presidência de Franklin D. Roosevelt para fazer frente à crise de 1929, o New Deal permitiu um salto na qualidade de vida dos pobres e propiciou maior igualdade entre os cidadãos americanos. Ter instaurado tal ambiente é um legado dos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele pode moldar o “marco regulatório”, para usar uma expressão do mundo jurídico, no qual ocorrerão as próximas disputas eleitorais. Isto é, partidos e candidatos divergirão quanto aos meios, mas os fins estão fixados de antemão.
"Conjunto de programas iniciados na primeira Presidência de Franklin D. Roosevelt para fazer frente à crise de 1929, o New Deal permitiu um salto na qualidade de vida dos pobres e propiciou maior igualdade entre os cidadãos americanos. Ter instaurado tal ambiente é um legado dos dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele pode moldar o “marco regulatório”, para usar uma expressão do mundo jurídico, no qual ocorrerão as próximas disputas eleitorais. Isto é, partidos e candidatos divergirão quanto aos meios, mas os fins estão fixados de antemão.
Nesse caso, as eleições brasileiras de 2002 e 2006 poderão ser vistas, no futuro, como o início de um longo ciclo político, semelhante ao que aconteceu com as vitórias de Roosevelt em 1932 e 1936. Na primeira eleição (1932, 2002), formou-se uma nova maioria. Na segunda (1936, 2006), em uma votação de continuidade, a coalizão majoritária se manteve, mas com uma troca de posição importante no apoio ao presidente. Em ambos os casos (Roosevelt, Lula), a troca de apoio decorreu da política levada a cabo no primeiro mandato: a classe média se afastou do presidente, mas eleitores pobres tomaram o seu lugar.
Durante a vigência do ciclo, é possível até haver troca de partidos no poder. Foi o que ocorreu em 1952 e 1956, com a vitória republicana. Mas ela não implicou abandono dos grandes objetivos nacionais: a diminuição da pobreza e o incremento da igualdade. De acordo com o cientista político John Berg, as eleições de realinhamento “têm o potencial de definir um novo tipo de política, um novo conjunto de clivagens, que pode durar décadas”."
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Samba da Bolinha de Papel
No partido alto, Tantinho da Mangueira diz: "Deixa de ser enganador/ Foi bolinha de papel/ Não fere nem causa dor". Genial!
Que falta faz um Drummond
Especial sobre Carlos Drummond de Andrade que passou no Arquivo N, da Globo News, na época em que se recordava os 20 anos de sua morte. O programa tem entrevistas deliciosas com o poeta. Drummond fala com muita informalidade sobre poemas, seu trabalho como servidor público e revela um lado gozador pouco conhecido. A sabedoria e a poesia do poeta fazem uma tremenda falta nos tempos atuais.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Santo do pau oco
No vale-tudo que tem sido a campanha eleitoral, o candidato José Serra apela até para as instâncias superiores na busca pelo poder. A matéria da Isto É denuncia as baixarias do tucano usando a fé para conquistar votos.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O olhar feminino na MPB
Já falei aqui outras vezes sobre o ótimo programa História Sexual da MPB, que vai ao ar quarta-feira, meia-noite, no Canal Brasil. Nesse episódio da nova temporada o foco da vez são as compositoras.
As poucas mulheres que ousavam compor nos anos 50 escreviam letras sofridas, de esposas traídas e amélias cheias de culpa. O panorama só mudaria na década seguinte, quando as vozes femininas se levantaram contra o machismo e novos talentos foram revelados.

Serra, um fingidor
A Globo está fazendo da bolinha de papel uma fita banana... Dessa vez eles chamaram o perito Ricardo Molina para analisar o objeto que deixou o candidato José Serra 24 horas de molho. No final o perito enche a boca pra dizer que o dano foi provocado por um ROLINHO DE DUREX. Ah, tá! Agora sim justifica o exame de ressonância magnética.
Frase pinçada do Twitter:
"Lula perdeu o dedo, Dilma venceu o câncer. Serra leva uma bolinha de papel e pede uma tomografia..."
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
"And the Oscar goes to... José Serra"
A agressão sofrida por José Serra, ferido com uma BOLINHA DE PAPEL(!!!!!), não causou lesões no candidato. Ontem mesmo, Serra foi levado de helicóptero para uma clínica carioca, onde fez uma tomografia computadorizada.
Hoje pela manhã, recuperado da tonteira provocada pela BOLINHA DE PAPEL, o candidato comentou em seu Twitter: "Muito obrigado a todos vocês que se preocuparam comigo. Estou bem, mas por recomendação médica tive que parar por 24hs".
O SBT, no vídeo aí em cima, deixou claro o rídiculo do episódio. Já a Globo noticiou a matéria um pouquinho diferente. Hummm, sinto cheiro de oportunismo no ar...
Palavra da moda
Saiu no Terra Magazine uma matéria interessante analisando os vernáculos que a imprensa nacional pega pelo rabo e viram moda. A última foi "resgatista", em função do episódio dos mineiros no Chile. O barato é que a palavra nem existe! Como diria o Cléber Machado: "Pode, Arnaldo?"
Elza Soares: a voz do samba
O furacão Elza Soares dá o seu recado nesse programa Ensaio de 1973. Entre um sucesso e outro, a cantora relembra os tempos de sufoco. Elza tem uma história de vida rocambolesca, cheia de altos e baixos. Mesmo sem citar o calvário ao lado de Garrincha, já daria uma novela. Por exemplo, ela se casou pela primeira vez aos 12 anos e teve um filho; com 18 já era viúva e seu filho tinha falecido. Dureza.
Em 73 anos de vida e mais de 50 de carreira, Elza cantou samba em português até com Louis Armstrong e se apresentou nos principais palcos do mundo. Há dez anos, ela recebeu o maior reconhecimento de sua vida, quando a BBC de Londres lhe deu o prêmio de "Melhor Cantora do Milênio".
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Vinicius de Moraes, 97 anos
"É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração"
Talvez estes versos sejam os que melhor traduzem a vida intensa do poeta e diplomata Vinicius de Moraes, o branco mais preto do Brasil, na linha direta de Xangô, saravá!
O curta que acompanha a postagem foi dirigido pelo amigo e romancista Fernando Sabino e faz parte da série Encontro Marcado. Coisa fina!
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Os ETs brasileiros me envergonham
Essa semana a Isto É despiu um mito. O ET de Varginha, o primeiro e mais popular extraterrestre nacional não passou de um mal entendido. Não quero mandar spoiler sobre o que ele era, é melhor você ler a matéria no site da Isto É. Tá uma coisa de louco essa revelação!
Mas o povo brasileiro não se fez de rogado e acabou de fazer contato com outro ser de outro planeta. Bilú é o acanhado ET adolescente descoberto pelas lentes da TV Record.
É, meus amigos, caiu um mito e nasceu outro em seu lugar!
Vamos ver quanto tempo demora para esse ser desmascarado...
Mas o povo brasileiro não se fez de rogado e acabou de fazer contato com outro ser de outro planeta. Bilú é o acanhado ET adolescente descoberto pelas lentes da TV Record.
É, meus amigos, caiu um mito e nasceu outro em seu lugar!
Vamos ver quanto tempo demora para esse ser desmascarado...
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Por onde anda FHC?
"Fernando Henrique Cardoso é hoje um velho solitário de Higienópolis, por onde zanza, esquecido, entre moradores indiferentes. Pelas ruas do nobre bairro paulistano, FHC nem curiosidade mais desperta nos transeuntes, embora muitos deles o aceitem como mau professor da aula magna do neoliberalismo ainda ensaiada, agora em ritmo de Marcha sobre Roma, pelo candidato José Serra, herdeiro político a quem despreza."
O resto do sarrafo está na Carta Capital.
O resto do sarrafo está na Carta Capital.
Super-Cafajeste
Lois Lane descobre a identidade secreta do Super-Homem. No filme, um super-beijo apagou a memória de Lois, mas não convenceu. Esse final seria mais digno da Lei de Gérson.
"Soccer is against God"
O nível da paranóia caipira norte-americana anda nas nuvens. Na busca por um bode expiatório para suas desgraças terrenas, sobrou até para o futebol, quem diria?!
"God gave you two legs. He also gave you two arms, and two hands, and ten fingers, and two elbows. Why did he gives those to you? He given to you, to use!... That's not a game. I don't know what it's, but can call it sport. Let's look who plays soccer: europeans, negroes (not american negroes, but europeans negroes), mexicans, central americans from 'euroguay'... whatever... mexicans from Brazil, mexicans from Porto Rico, mexicans from all over... playing the satanic game".
O motivo da bronca:
"Because it's all part of Barak Osama Homo bin Laden's plot to install socialism on our shores".
Que comédia!
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Simpsons por Banksy
O artista plástico britânico conhecido como Banksy criou uma abertura polêmica para o desenho Os Simpsons. A passagem foi baseada na notícia de que a maior parte da animação da série é terceirizada na Coreia do Sul.
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Buracos trocados
A Trip publicou uma matéria muito louca, apresentando um casal que comandou a maior produtora de filmes pornô bizarros do Brasil e hoje leva uma vida pacata furando poços artesianos no interior de São Paulo. O repórter Fausto Salvadori acertou em cheio no tom, sabendo lidar com sutil ironia o absurdo do tema.
Leia aqui na íntegra .
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Luiz Caldas, o metaleiro
O Rei do Axé, Luiz Caldas, está de volta, agora em versão "pauleira". O sacolejante e eternamente descalço Luiz Caldas, que em 1989 fez sucesso com Fricote e Tieta, hoje, aos 47 anos, está todo rabiscado com tatuagens e faz o show Maldição, cujo palco lembra um cemitério. Moço eclético!
T-shirt maneiríssima!
A cena hilária faz parte do programa Funny Or Die Presents, que passa sexta-feira na HBO. A série é baseada no site Funny Or Die criado pela dupla Will Ferrel e Adam Mckay, uma parceria que começou no Saturday Night Live.
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
+ Trapalhões
Alguns dos melhores momentos do grupo: Didi sendo porteiro de motel! Hoje em dia, o quadro seria impensável, mas naquele tempo Os Trapalhões eram desajustados, mulherengos, ganânciosos e, por isso mesmo, muito engraçados.
Mussum armando uma pindureta: um dos mais engraçados.
Outra cena clássica. Voyerismo atrapalhado.
Tem mais das melhores cenas dos Trapalhões aqui.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Ô da poltrona, Didi Mocó fez 50 anos

Há 50 anos nasceu um dos maiores palhaços da TV brasileira. Mesmo sem maquiagem, Didi Mocó Sonrisépio Colesterol Novalgino Mufumbo alegrou gerações que acompanharam Os Trapalhões, todo domingo, entre 18h e 19h. Minha lembrança do Didi é dos anos 80, quando ele, Dedé, Mussum e Zacarias estavam na Globo e o programa era hilário.
Algum fã mais ardoroso colocou algumas das frases clássicas do Didi no Wikipédia. Aqui vai só uma palhinha:
* Ô psit! (sua frase mais famosa; em raras ocasiões Didi também usava Psita, para mulheres ou supostos homossexuais)
* Nem morta, filha! (recusando-se a realizar alguma ação)
* Dá licença, caiu algo aqui no chão... (sempre quando queria conversar com alguém em particular, no meio de outras pessoas, Didi atirava intencionalmente um objeto no chão, dizia a frase e puxava a pessoa para falar)
* Tudo em riba (em cima)?
* Ô da poltrona! (dirigindo-se ao telespectador)
* Quieto, quem chumbar levará mexe! (Quieto, quem mexer levará chumbo! -- ao ameaçar algúem com uma arma de fogo)
* Âh, âh, âh! (gritando assustado)
* Circulando, circulando! (ao fugir de alguma má situação)
* É fria! (idem)
* Bicho bão! (mulheres bonitas)
* Tesouro! (idem)
* Cuma? (Como?)
* Arô? Sô ieu.(Alô? Sou eu) (Ao atender o telefone. Didi sempre passa o telefone pelo rosto, pensando que a outra pessoa o verá)
* Assôôô! (Achou! -- quando alguém que o estava procurando o encontrava)
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Tony Curtis, 85 anos
Ele era charmoso, bonito e um grande astro, mas quando atuava, Tony Curtis tinha uma queda pelos desclassificados. Ele será sempre lembrado pelo ótimo Quanto Mais Quente Melhor e outras comédias, mas suas melhores atuações foram em papéis dramáticos. Como em A Embriaguez do Sucesso (1957). Poucos filmes capturaram tão bem a corrupção em diálogos deliciosamente sórdidos, bares enfumaçados e criaturas venenosas. Curtis faz Sidney Falco, um assessor de imprensa mesquinho e bajulador capaz de tudo para agradar um poderoso colunista vivido por Burt Lancaster. Curtis está sensacional, no que para muitos foi seu melhor papel.
Ele se descatou também em O Homem Que Odiava as Mulheres (1968) -- um título misógino para The Boston Strangler, no original. Para interpretar o serial killer Albert DeSalvo, Curtis tingiu o cabelo, usou lentes de contato para escurecer os olhos azuis e engordou alguns quilos. Mas o que realmente impressiona é a densidade psicológica que empresta ao personagem. O filme soa datado, no entanto, vale conferir a brilhante performance do ator.
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