sábado, 22 de agosto de 2009

Feios, sujos e malvados: os excessos dos Rolling Stones no documentário Cocksucker Blues



Está circulando na rede o anárquico documentário da excursão americana de 1972 dos Rolling Stones. O filme dirigido por Robert Frank, que tem o sugestivo nome de Cocksucker Blues, foi lançado em 1976 e depois pulou para a gaveta do esquecimento. O motivo seria seu conteúdo inflamável, com sexo, drogas e... você sabe. A melhor parte da ação acontece nos bastidores. Tem passagens curiosas, como quando Keith Richards joga uma televisão pela janela de um hotel, por puro capricho, pouco antes de abandonar o quarto. Sem saber do prejuízo, a gerência inocentemente o recebe no hall para uma tietagem explícita. Ou quando encostam em um bar de beira de estrada e encontram Muddy Waters jogando sinuca.

Uma das sequências mais polêmicas é a que mostra Mick Jagger cheirando cocaína no meio de um sexo grupal. Outra é quando um dos agregados da banda, amigavelmente, estupra uma groupie. A camera chega a focalizar o resultado do pós-coito escorrendo pelas costas da garota, enquanto Keith, Mick e outros estão rindo, bebendo e batucando um "samba pra inglês ver" com os instrumentos que tinham acabado de comprar no Brasil para incluir em Sympathy for the Devil.

O interessante é que a música que dá origem ao filme permaneceu inédita. Aliás, por que Cocksucker Blues? Bom, em 1970, os Rolling Stones já estavam com tudo acertado para assinar com a Atlantic Records quando sua antiga gravadora, a Decca Records, os obriga a gravar mais uma música por exigência contratual. Então, de pirraça, Mick Jagger compôs Cocksucker Blues, uma música tão cheia de palavrões que permaneceu nos cofres da Decca anos a fio. A primeira, das nove partes do documentário, já saiu do ar, mas se você correr pode pegar o restante.

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